Aviso: Post longo!

Quem acompanha sempre o blog deve ter notado que mudei a cor do cabelo. Fui de um loiro claríssimo platinado para um ruivo acobreado (que beira o natural, mas pela vibrância não chega a tanto), como podem ver abaixo:

Mas tal mudança não é fácil tão fácil como parece. O ruivo é o tom que mais desbota (imagina então num cabelo descolorido “ao talo” como o meu?) e o loiro platinado, com reflexos acinzentados, tende a anular qualquer nuance acobreada (explicarei o porque neste post!). Seria praticamente impossível alcançar essa tonalidade da direita na primeira tentativa — mesmo porque, se alcançada, boa parte já iria para o ralo logo na primeira lavagem. Por isso, estou fazendo um processo para repigmentar meus cabelos, devolvendo a cor tanto à parte externa quanto à parte interna dos fios.

O processo ainda não chegou ao fim mas, como já alcancei um tom de ruivo aceitável as minhas expectativas, resolvi compartilhar a “Parte 1” desta saga (mesmo porque várias leitoras pediram)! Tudo começou com…

Passava há quase um ano a tintura superclareadora Majiblond 901S (Loiro Ultraclaro Acinzentado), que fazia logo de cara meu cabelo — naturalmente castanho bem clarinho – chegar à um tom de loiro platinado legal, sem precisar efetivamente de descoloração, somente usando Oxigenada (que chamarei de Ox. neste post) de 30 volumes.

Um belo dia acordei e levei um susto: WTF? — foi o que pensei ao me olhar no espelho (hahaha). “Vi um fantasma!” Fui desesperada à perfumaria mais perto de casa e comprei a primeira tinta ruiva (ruiva — não vermelha! – o que é bem difícil de se encontrar no mercado nacional) que vi na minha frente. Felizmente, considero que acertei de primeira! Apesar de não ter usado uma tintura profissional, como é da minha preferência, optei por uma tonalidade da Luminous que tem reflexos acobreados e dourados (fundamentais para um ruivo mais natural, sem nuances vermelho-rosadas ou acajú).

Levei a Luminous 7.43 (Loiro Médio Acobreado Dourado) e a 8.o (Loiro Claro Natural) porque morri de medo de ficar com um tom muito forte na base descolorida (então preferi amenizar os reflexos da 7.43). Misturei o tubinho inteiro da 7.43 com metade do tubinho da 8.0 (tudo com Ox. 20, visando fechar o tom dos cabelos).

Resumindo, a proporção da mistura ficou: 2/3 de 7.43 + 1/3 de 8.0, com ox. de 20. (Ah — e escolhi um tom na altura do 7 e não do 8 — mais claro — pois já sabia que meu cabelo iria desbotar muito)!

Deu certo, mas essa primeira coloração teve mais o efeito de “pré-pigmentação” do que outra coisa. (Para quem não sabe, pré-pigmentação é um processo que deve ser feito ao se escurecer cabelos muitos descoloridos, pois cria uma cor de base e prepara o cabelo para receber e fixar posteriormente a nuance desejada – sempre utilizando reflexos opostos ao usados anteriormente, para neutralizar a cor do fios). Os pigmentos azulados já presentes no loiro acinzentado do meu cabelo anularam boa parte do acobreado contido na tinta (pois são cores opostas — veja neste post: Entendendo as Tinturas para Cabelos: Numeração“) e o resultado foi um tom bem amarronzado (principalmente nas pontas, que estavam mais acinzentadas).

Ainda queria algo mais cobre, mas não tive coragem de aplicar outra tintura permanente logo em seguida. E é aí que entraram os tonalizantes:

Tonalizantes são produtos capazes de alterar superficialmente a cor do cabelo, sem atingir o interior da cutícula (pois não contém amônia nem utilizam oxigenada). O resumo: podem dar reflexos e teoricamente não estragam os fios, mas não têm tanto poder de fixação (saem a cada lavagem).

(O post ainda não acabou — clique em “Continue Lendo” para ver o restante!)

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Atire a primeira pedra quem nunca parou para ficar olhando as caixinhas de tintura na farmácia! São tantas cores e reflexos diferentes, com muitas denominações excêntricas e criativas…! Mas o nome dado pelas marcas a cada tinta é o que menos importa! Aqueles números que aparecem com destaque nas embalagens é que ditam a verdadeira composição das nuances! Mas você sabe o que cada um deles significa?

O sistema de tinturas capilares tem uma nomenclatura praticamente universal. O “nome fantasia” de cada cor pode mudar dependendo do fabricante ou país de origem, mas a numeração sempre mantem o mesmo padrão (com exceção de algumas marcas estrangeiras).

A numeração de cada tinta é composta por uma combinação de: número de Altura da Tom + número do Reflexo Principal + número do Reflexo Secundário.

Vamos primeiro à altura do tom:

A Altura do Tom é o que vai ditar se o cabelo ficará mais claro ou escuro, independente do reflexo (se é dourado, cobre, acinzentado, natural e etc). Quanto maior o número antes de um ponto, mais clara é a tinta! Algumas marcas vão até o 12, com produtos que possuem componentes super clareadores!

As nuances puras, sem reflexos de cor, têm o final ausente ou nulo (0) – e são chamadas de “naturais”.

Obs: Não se engane pelo nome das cores. As tintas sempre costumam ficar um tom mais escuro do que o nome indica. Um Loiro Escuro, na prática, muitas vezes se assemelha a um Castanho Claro na linguagem popular. Já vi muita gente assustada porque passou uma tinta Castanho Médio e ficou com o cabelo “pretíssimo”!

Agora vamos entender as Cores Compostas (criadas pela mistura de coloridos distintos):

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Obs: Antigamente o reflexo verde (mate) era representado pelo número 7. Agora, o 7 representa o reflexo marrom (chocolate) e o mate passou a ser 9 em algumas marcas (e 2 em outras, invertido com o reflexo violeta/irisado).

As tonalidades naturais, quando combinadas com reflexos coloridos, geram a ampla gama de cores existentes no mercado. Neste caso, a Altura do Tom vira a “Cor de Base”. Obviamente, em tonalidades mais claras os reflexos fazem bem mais diferença do que nas escuras!

A Cor de Base sempre vem à frente na numeração, geralmente seguida por um ponto (ou uma vírgula ou outro sinal diferenciador). Após o ponto, vem o número do Reflexo Principal. A seguir, o do Reflexo Secundário.

Vejam os exemplos abaixo:

Cor de Base: 7. (Loiro Médio)

Reflexo Principal: 3 (Dourado)

Reflexo Secundário: 4 (Cobre)

Reparem que apesar da cor ter “Loiro Médio” no nome, não tem “nada” de loiro! Essa mesma tonalidade é encontrada pelo mundo inteiro com o nome fantasia “ruivo”, “tramonto veneziano”, “marrom canela”, “marrom dourado” e etc. Por isso que eu digo: não dá para confiar em tintura só pelo nome! Tem que conferir e escolher pela numeração!

Cor de Base: 10. (Loiro Claríssimo)

Reflexo Principal: 2 (Irisado)

Reflexo Secundário: Inexistente

Nem toda tinta tem reflexos secundários (como o loiro irisado acima, ideal para alcançar um resultado mais platinado, pois o reflexo violeta tem o poder de neutralizar o amarelado do cabelo). Por outro lado, algumas tem mais de dois reflexos na composição!

Cor de Base: 4. (Castanho Médio)

Reflexo Principal: 2 (Irisado)

Reflexo Secundário: 2 (Irisado)

Quando o reflexo principal e o secundário se repetem, a finalidade é reforçar o reflexo principal (ou seja: ele é super aparente!).

Para nós, pode aparecer incomum, mas este tipo de tom que puxa para o violeta é bem corriqueiro na gama das tinturas europeias.

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Para quem pensava que a renda estava com os dias contados, saiba que ela fica (e como fica!). Mas a novidade para quem quiser se atualizar nesse quesito são as rendas extra, hiper coloridas!

Juro que quase choro de emoção ao olhar para essas belezuras abaixo:

(Imagens: Polyvore e Issa London)

Lembram da marca Issa London, da estilista Daniella Issa Helayel (aquela mesma, a estilista do famoso vestido de noivado azul de Kate Middleton?). Para primavera/verão 2011, ela criou uma coleção só de vestidos de renda colorida (alguns, como podem notar, estão também no quadro acima).

*-*

Ai, ai… amo renda e cores intensas. As duas coisas ao mesmo tempo é demais para meu coraçãozinho…!

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PS: E as tradicionais rendas em preto, branco, rosa pálido e nude continuam com tudo, afinal, clássico é clássico!

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