Atire a primeira pedra quem nunca parou para ficar olhando as caixinhas de tintura na farmácia! São tantas cores e reflexos diferentes, com muitas denominações excêntricas e criativas…! Mas o nome dado pelas marcas a cada tinta é o que menos importa! Aqueles números que aparecem com destaque nas embalagens é que ditam a verdadeira composição das nuances! Mas você sabe o que cada um deles significa?
O sistema de tinturas capilares tem uma nomenclatura praticamente universal. O “nome fantasia” de cada cor pode mudar dependendo do fabricante ou país de origem, mas a numeração sempre mantem o mesmo padrão (com exceção de algumas marcas estrangeiras).
A numeração de cada tinta é composta por uma combinação de: número de Altura da Tom + número do Reflexo Principal + número do Reflexo Secundário.
Vamos primeiro à altura do tom:
A Altura do Tom é o que vai ditar se o cabelo ficará mais claro ou escuro, independente do reflexo (se é dourado, cobre, acinzentado, natural e etc). Quanto maior o número antes de um ponto, mais clara é a tinta! Algumas marcas vão até o 12, com produtos que possuem componentes super clareadores!
As nuances puras, sem reflexos de cor, têm o final ausente ou nulo (0) – e são chamadas de “naturais”.
Obs: Não se engane pelo nome das cores. As tintas sempre costumam ficar um tom mais escuro do que o nome indica. Um Loiro Escuro, na prática, muitas vezes se assemelha a um Castanho Claro na linguagem popular. Já vi muita gente assustada porque passou uma tinta Castanho Médio e ficou com o cabelo “pretíssimo”!
Agora vamos entender as Cores Compostas (criadas pela mistura de coloridos distintos):
Obs: Antigamente o reflexo verde (mate) era representado pelo número 7. Agora, o 7 representa o reflexo marrom (chocolate) e o mate passou a ser 9 em algumas marcas (e 2 em outras, invertido com o reflexo violeta/irisado).
As tonalidades naturais, quando combinadas com reflexos coloridos, geram a ampla gama de cores existentes no mercado. Neste caso, a Altura do Tom vira a “Cor de Base”. Obviamente, em tonalidades mais claras os reflexos fazem bem mais diferença do que nas escuras!
A Cor de Base sempre vem à frente na numeração, geralmente seguida por um ponto (ou uma vírgula ou outro sinal diferenciador). Após o ponto, vem o número do Reflexo Principal. A seguir, o do Reflexo Secundário.
Vejam os exemplos abaixo:
Cor de Base: 7. (Loiro Médio)
Reflexo Principal: 3 (Dourado)
Reflexo Secundário: 4 (Cobre)
Reparem que apesar da cor ter “Loiro Médio” no nome, não tem “nada” de loiro! Essa mesma tonalidade é encontrada pelo mundo inteiro com o nome fantasia “ruivo”, “tramonto veneziano”, “marrom canela”, “marrom dourado” e etc. Por isso que eu digo: não dá para confiar em tintura só pelo nome! Tem que conferir e escolher pela numeração!
Cor de Base: 10. (Loiro Claríssimo)
Reflexo Principal: 2 (Irisado)
Reflexo Secundário: Inexistente
Nem toda tinta tem reflexos secundários (como o loiro irisado acima, ideal para alcançar um resultado mais platinado, pois o reflexo violeta tem o poder de neutralizar o amarelado do cabelo). Por outro lado, algumas tem mais de dois reflexos na composição!
Cor de Base: 4. (Castanho Médio)
Reflexo Principal: 2 (Irisado)
Reflexo Secundário: 2 (Irisado)
Quando o reflexo principal e o secundário se repetem, a finalidade é reforçar o reflexo principal (ou seja: ele é super aparente!).
Para nós, pode aparecer incomum, mas este tipo de tom que puxa para o violeta é bem corriqueiro na gama das tinturas europeias.