Não é novidade que blogar virou algo sério, não só para quem vive do blog mas também para quem o tem por puro hobby, mesmo porque, nos dois casos, tudo que a blogueira quer é mantê-lo interessante, agradável e em ordem.

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E foi numa conversa de amigas blogueiras que surgiu o grupo Vida de Blogueira, cujo objetivo é contar e mostrar um pouco como é o dia a dia da nossa profissão. Hoje é o dia de estreia do nosso grupo e o tema escolhido para o primeiro post foi : como é trabalhar com o blog.

Contaremos isso por meio da exposição dos pontos negativos e positivos. E lá vai o meu relato:

Pontos Positivos

  • Aprender e se divertir ao mesmo tempo: manter um blog atualizado e com informações interessantes demanda muita pesquisa e dedicação, mas quer algo mais delicioso do que se informar sobre as coisas que você mais ama? Quando o assunto te interessa, você naturalmente irá acabar procurando saber mais sobre ele, então não estará fazendo nada além do que já faria normalmente. O olhar fica tão clínico que em um simples passeio despretensioso pode surgir uma ideia genial para um post a partir de algo que viu por acaso.

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  • Ir a eventos legais: quando um blog, pelo bom trabalho e repercussão, começa a ser reconhecido pelas marcas, surgem os convites para os eventos. Quem não gosta de ir a reuniões em locais agradáveis, com boa comida e bebida, conhecer e experimentar as novidades mais espetaculares do mercado, antes de todo mundo? A maioria dos eventos é uma delícia, principalmente quando as empresas se esforçam para impressionar. Eu adoro e não nego!
  • Fazer amizades: a convivência com outras blogueiras, seja virtual ou física, é inevitável e extremamente bem-vinda. Por mais que em um primeiro momento você se sinta uma estranha no ninho, os encontros serão tão frequentes que deles poderão surgir belas amizades. Aí está um dos motivos pelos quais eu adoro tanto os eventos: poder estar e conversar com outras blogueiras e amigas. Outras amizades incríveis que poderão surgir são as com suas leitoras. Impossível não ficar próximo de quem entra para ver o que você escreve todo dia, interagindo e participando!

  • Interação com as leitoras: o que seria de um blog se não fosse as pessoas que o leem? Oras, se o objetivo fosse escrever somente como válvula de escape, a melhor opção seria criar um diário fechado — e não uma página aberta para o mundo inteiro ver. Por isso, nada mais chato do que caprichar num post e não receber nenhum feedback, seja nos comentário ou nas redes sociais. Nada mais satisfatório para uma blogueira do que receber comentários, ainda mais se forem cordiais e que demonstrem que alguém aí do outro lado se importa com o que a gente escreve. Melhor ainda saber quando, de algum jeito, fizemos diferença positiva na vida de alguém.
  • Quem sabe, ganhar dinheiro com o blog: um trabalho bem feito chama atenção não só das leitoras, mas também das marcas, que começam a ver blog como uma perfeita vitrine para os seus produtos. Se as coisas funcionarem bem (depois comer muito, mas muito arroz e feijão mesmo) é possível até viver só com a renda do blog — e quer coisa melhor do que poder ser seu próprio chefe, trabalhar com o que se ama, direto de casa? Certamente não existe. Não é à toa que, há algum tempo, ser blogueira/o de sucesso superou o famoso sonho de ser modelo ou jogador de futebol.

Pontos Negativos

  • Comentários negativos ou maldosos e superexposição: pois é, se você está na internet, está sujeito a receber qualquer tipo de comentário e reação — e nem tudo são flores (e nem todas pessoas são educadas). Claro que existem aqueles que não concordam com a nossa opinião e nem todo mundo é obrigado a gostar do que a gente gosta, mas logo se percebe, pelo tom, quando a crítica é construtiva ou destrutiva. O fato é que toda blogueira deve estar pronta a receber comentários negativos, o que pode ser bem complicado e até dolorido para pessoas mais sensíveis. É algo a se considerar ao se expor na internet. O caso se agrava mais ainda quando a blogueira em questão opta por superexpor sua vida, mostrando o dia a dia dentro de sua casa, sua família, seus hábitos e intimidades. Nesta hipótese, deve-se estar preparado para ter pessoas cuidando e opinando em todos os aspectos da sua vida 24h por dia, querendo ou não. É questão de pensar se vale a pena.

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  • Não ser levada a sério: sendo o blog rentável ou somente hobby, muitas vezes é difícil fazer com que as pessoas mais próximas, como familiares e amigos, entendam seu comprometimento com o mesmo. Até quando um blog é super bem sucedido e se torna única fonte de sustento, os mais tradicionais podem torcer o nariz e não levar a sério sua profissão, como se simplesmente você não tivesse um trabalho e não fizesse nada o dia inteiro. É preciso ter bastante paciência com esse tipo de julgamento e não perder o foco.
  • Inconstância financeira: este item é só para o caso de quem trabalha unicamente com o blog. Como tudo depende das propostas de publicidade que você irá receber e fechar, pode haver meses em que você ganhe muito e meses que você não ganhe nada. É super arriscado, ainda mais se você não for aquela pessoa super responsável que tem costume de poupar dinheiro para uma eventualidade. Sem falar que, em tempos de crise, a primeira verba que é cortada pelas empresas em geral é a de publicidade, o que reflete diretamente nos blogs que vivem dela. Isso piora mais ainda no caso dos blogs médios e pequenos, pois em época de vacas magras, as marcas que ainda investem em publicidade certamente preferem apostar nos blogs gigantes, na intenção de garantir a maior visibilidade possível.

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  • Trabalho sem descanso e sem férias: por mais que trabalhar com o que se ama seja delicioso, corpo e mente sempre pedem um tempinho para se revigorar. Acontece que, no caso dos blogs, não é possível tirar férias como nos empregos convencionais. Se você parar de postar por um longo período, os leitores param de visitá-lo por não encontrar nada de novo e muitas vezes nunca mais voltam. Falo isso por experiência própria. Tive períodos de mudança e transformações em minha vida nos quais não tinha concentração para escrever com a mesma frequência de antes e — infelizmente — neste período, muitos dos leitores foram e nunca mais apareceram.
  • Ser engolida pelo tempo: a evolução da tecnologia e das redes sociais é constante e cada vez mais rápida, por isso o que era legal hoje pode não ser mais legal amanhã. Se acomodar num único modo se comunicar e expor as informações, sem se adaptar às tecnologias e meios mais atuais, é um erro enorme para quem deseja sempre estar em evidência no mundo dos blogs. Mais uma vez me cito como exemplo: quando criei o Gostei e Agora, 6 anos atrás, a plataforma mais visada e visitada para obtenção e divulgação de informações era o blog; porém, com o tempo, Instagram e YouTube (e mais recentemente Snapchat) tomaram o espaço de predileção que antes era dos blogs e mudaram a regra do jogo: a informação deve ser instantânea e, preferencialmente, ter voz e movimento. O estático ficou para trás. Blogueiras como eu, que não participam ativamente do YouTube, não têm a mesma projeção do que as que fazem vídeos, considerados essenciais hoje em dia. Por isso, se o objetivo for ser visto e fazer sucesso, é necessário estar disposto a acompanhar estas mudanças e as que ainda estão por vir.

Enfim… esses são os meus pareceres sobre como é trabalhar com o blog, seus pontos negativos e positivos. Tem seus altos e baixos, como tudo na vida, mas o importante é nunca deixar de fazer o que se gosta.

Aposto que as outras meninas do time Vida de Blogueira tem muito mais a dizer, cada uma com suas experiências e particularidades. E se prepare: VDB só está começando, logo mais falaremos sobre outros temas e curiosidade que envolvem o universo dos blogs.

Esperamos que goste! Eis o nosso lindo time VDB:

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