Este ano realizei um dos maiores sonhos de minha vida: conhecer Pompeia, a cidade italiana que em 79 d.C foi arrasada pela erupção do vulcão Vesúvio, sepultando e preservando debaixo das cinzas seus edifícios e os corpos das vítimas. Visitar Pompeia é conhecer uma cidade que parou no tempo, um retrato congelado de como era a vida no Império Romano.

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Não sei explicar bem meu fascínio por Pompeia. Talvez seja por ter ouvido falar muito cedo, já que a família de minha avó materna tem origem napolitana (e é em Nápoles que Pompeia fica). Talvez seja também por eu ser encantada por história e ter ficado hipnotizada com as imagens nos documentários. Só sei que o fato da vida daquelas pessoas ter ficado eternizada de maneira tão perfeita e bela, em meio a catástrofe pela qual passaram, é extraordinário! É como se andando por aquelas ruas eu pudesse entender e reverenciar seus últimos momentos…

Pompeia é a coisa mais próxima a uma máquina do tempo que existe!

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Como chegar?

Da estação de trem central de Nápoles (Napoli) sai uma linha suburbana que circunda a região do Vesúvio e passa por diversas localidades e vilarejos que o rodeiam (sim, ainda existe muita gente mesmo morando bem aos pés do vulcão). Uma das estações é a Pompei Scavi — Villa dei Misteri e é lá que ficam as ruínas, é só andar uns 5 minutinhos para começar a visualizá-las.

Ou seja: estando em Nápoles fica fácil chegar em Pompeia. Leva 40 minutos no máximo. Mas como chegar em Nápoles?

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Nápoles fica mais ao sul na Itália, a 227 km de Roma. É possível e viável fazer um bate e volta de Roma-Pompéia de trem, já que tempo de viagem entre as duas cidades fica somente em torno de 1h/2h. Isto depende da companhia e tipo de trem utilizado, pois existe um expresso que vai direto de Roma a Nápoles e outro que faz paradinhas.

Recomendo ir com o trem mais rápido, da companhia Frecciarossa. As passagens para todos os trens podem ser pesquisadas e compradas no site da Trenitalia. Procure comprar com antecedência, pois é legal sair bem cedinho de Roma para aproveitar direito o dia. Se deixar para a última hora, capaz de só conseguir passagens para horários indesejáveis. Sem falar que comprando antes existe a chance de usufruir de tarifas econômicas.

Ao fazer a pesquisa pelas passagens no site, deve-se colocar como local de partida a estação “Roma Termini” e no destino “Napoli Centrale”.

Abaixo, fiz uma simulação em que procurei tickets para a manhã do dia seguinte:

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A Termini é a estação mais importante de Roma, assim como a Centrale é a principal de Nápoles. De lá mesmo é que sai o trem que vai às escavações de Pompeia, de uma estação anexa à central, chamada Garibaldi. Portanto, chegando a Napoli Centrali, é só seguir as setas indicando a linha Circumvesuviana, pois elas indicam a direção dessa tal estação Garibaldi. Lembrando que todo complexo pertence a Centrale, então em nenhum momento você sairá de lá. Você só descerá uma ou duas escadas rolantes e caminhará por alguns minutinhos por dentro da estação para ir da plataforma de chegada do trem vindo de Roma até a plataforma de saída do trem para Pompeia.

Os bilhetes para o trem da Circumvesuviana são adquiridos numa bilheteria na frente da catraca da plataforma de embarque da estação Garibaldi mesmo, por €2,60. É tudo bem simples e a locomotiva pode estar cheia, então não estranhe.

Existem 4 estações com Pompei no nome, então não erre: desça na Pompei Scavi – Villa dei Misteri. Saindo de lá, é só caminhar pela única rua que aparece na sua frente para dar de cara com a Porta Marina, onde fica a bilheteria para adentrar as ruínas. A entrada custa €11. A partir daí, é só magica!

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O que ver em Pompeia?

Ao passar pela bilheteria, você logo vê a rampa da Porta Marina, um dos portais originais que levam para dentro das muralhas de Pompeia.

Seguindo em frente, você logo irá se deparar com um dos mais famosos pontos da cidade, o Forum (Foro). Irei começar a listinha das 10 atrações imperdíveis a partir de agora.

1. Fórum (Foro)

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É a praça principal da cidade, repleta de construções destinadas a fins religiosos, políticos e administrativos. Era onde todos se reuniam e tudo acontecia! É um dos melhores locais para foto, pois é possível capturar as ruínas das colunas do antigo templo e arcos adjacentes com o Vesúvio ao fundo. Belíssimo!

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Mas isso é só começo! Pompeia é gigantesca e leva um dia inteiro para ser contemplada com a atenção merecida.

2. Casa do Fauno (Casa del Fauno)

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É a maior casa privada de Pompeia, ocupando um quarteirão inteiro. É chamada dessa maneira por possuir uma delicada estátua de bronze que retrata a figura de um Fauno dançante, deus da mitologia romana, localizada em seu impluvium (tanque central utilizado para armazenar a água da chuva, que entrava por uma abertura no teto da residência). Os mosaicos preservados no chão também são dignos de nota.

3. Via dell’Abbondanza e Thermopolium

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A Via dell’Abbondanza é a avenida principal de Pompeia, que cortava e unia as mais importantes regiões da cidade. Sempre muito movimentada, possuia diversos tipos de comércio e restaurantes.

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É impressionante como eram similares aos de hoje… havia até fast-food! Dá para se ver um deles na parte frontal do domus (casa) de Vetutius Placidus, onde um balcão com orifícios criados de modo a manter a comida aquecida em jarros de cerâmica, pronta para o consumo dos transeuntes, estão totalmente preservados. O nome desse tipo de estabelecimento é Thermopolium. Dá vontade de fazer um lanchinho por lá mesmo!

E quem pensa que publicidade é coisa nova está bem errado. Propagandas ainda permanecem estampadas nas paredes dos estabelecimentos pompeianos.

4. Anfiteatro

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Pompeia também tinha seu “Coliseu”, ainda mais antigo que o de Roma (na verdade, um dos mais velhos que se conhece). Data de 80 a.C e era dedicado exclusivamente às lutas de gladiadores e combates com animais ferozes.

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Pisar na arena é algo indescritível. Imagina tudo que aconteceu neste solo?

5. Jardim dos Fugitivos (Orto dei Fuggiaschi)

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Cerca de 16 mil cidadãos pereceram no episódio da erupção vulcânica. Como a cidade foi soterrada pelas cinzas, a posição do corpo de muitas das vítimas em seu momento final ficou preservada, século após século, sendo revelada com as escavações.

No Jardim dos Fugitivos se vê os corpos de 13 pessoas que tentavam escapar da poeira vulcânica mortal e das rochas. Caso seja sensível, tenha ciência de que este não é o único local na cidade onde você irá se deparar com algo do tipo.

Ainda não sei dizer se acho os corpos de Pompeia algo macabro ou maravilhoso. Intrigante, certamente. Triste, também. Fascinante? Sem dúvida. É algo sem igual!

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Agora que deu uma esfriadinha me animei a voltar algumas semanas no tempo e postar mais um look da Itália (junto com o de Pompéia). Look esse que eu só vou poder repetir quando o que se espera de um inverno dê as caras pra valer por aqui, pois o frio do inverno de lá estava de lascar:

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Sempre fui louca por um sobretudo vermelho, mas nunca tinha achado um realmente legal para chamar de meu. Foi em Roma mesmo, na Sandro Ferrone, que uni o útil ao agradável e comprei esse bem quentinho para me fazer companhia nos passeios. A loja fica no 20 da Via Nazionale e tem muitos casacos lindos e apropriados para baixas temperaturas, por um preço ok. Recomendo!

O vestidinho cinza de malha que estou usando por baixo também providenciei por lá, na Mango. Com a manga comprida e justinho no corpo, é excelente para esquentar bem sem fazer muito volume. Virou praticamente minha segunda pele na viagem!

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A boina de paetês é da Accessorize. O cachecol é da C&A. A bolsa, Forever 21. A meia de poás (bem grossinha) é da Lupo e foi minha alternativa para tirar um pouco da sobriedade do look.

As fotos foram tiradas no Campidoglio.

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As over the knee boots comprei do lado do hotel (resenhado aqui), também na Via Nazionale, na Marte’s. Dava para desmaiar com a variedade de modelos de botas que se encontrava por lá. Quanto ao preço, não dá para esperar milagre. Mesmo assim, sai mais em conta do que numa Schutz ou Corello da vida.

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Bacio! E boa semana…

Outro dia contei aqui que estive na Itália, quando postei o look de inverno em Pompéia. Agora vou mostrar o hotel onde fiquei, em Roma, pois gostei tanto que acho que esse post vai acabar servindo como boa dica de hospedagem na cidade eterna.

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O nome do hotel é La Griffe Roma MGallery Collection. MGallery na verdade é uma coleção de hotéis-boutique da rede Accor, voltados para proporcionar uma experiência única e cheia de personalidade aos hóspedes. É o mesmo conceito do YOO Punta Del Este, que mostrei no começo do ano aqui no blog.

Um dos diferenciais de hotéis desse tipo se encontra na decoração e no design. Abaixo, o lobby do La Griffe Roma.

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Sempre que viajo, considero muito importante ficar em um lugar que seja bem confortável e eu me sinta em casa. Mesmo que seja um local no qual passarei poucas horas durante o dia e acabarei parando somente à noite, na hora de dormir. Não precisa ser o mais “chique” do mundo, mas gosto de sentir que as coisas são novinhas e bem cuidadas, com boa manutenção, que há uma preocupação com a limpeza e o aspecto geral do estabelecimento. Quem nunca acabou ficando sem querer numa espelunca caindo aos pedaços e ficou até com receio de deitar nos lençóis?

Um hotel com uma boa estrutura acaba tornando a viagem mais gostosa, agradável e inesquecível. A parte ruim é que, quando você se acomoda perfeitamente no lugar, fica mais difícil ainda na hora de ir embora, hehehe!

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Uma das coisas impressionantes é o restaurante na cobertura, La Luna, onde é servido o café da manhã. A vista é de morrer de tão linda! Roma inteira ao seus pés, desde Piazza Venezia até a cúpula da catedral de São Pedro, no Vaticano.

E o café mesmo (digo, os pães, doces, frios e bebidas — principalmente) são bem deliciosos! Cada dia eu pedia para beber um tipo de drink de café diferente (e é lógico que os italianos são os melhores nisso). Não fique sem pedir o latte macchiato. Só tem que tomar cuidado para não abusar dos alimentos recheados ou cobertos com Nutella logo de manhã cedo, pois lá o povo praticamente respira ar com Nutella.

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O restaurante também funciona à noite e serve comida no quarto. Aliás, a comida é muito gostosa, caprichada, bem servida. Comi uma das melhores batatas fritas da minha vida lá e um club sandwich monstruoso (no bom sentido)!

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Os quartos (pelo menos o que eu fiquei) não são muito grandes, tampouco pequenos. Tem um bom tamanho. O meu possuía um closet (com espelhos e armários, obviamente), um banheiro e o dormitório em si. O banheiro era amplo e confortável. Só que nem todos tem banheira, alguns só chuveiro mesmo.

Eu achei que iria estranhar esse vermelho todo nas paredes, mas isso foi até eu descobrir que isso é comum na Itália desde os tempos romanos. Aliás, é a cor preferida nas paredes nas casas ainda preservadas de Pompéia.

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A localização do La Griffe é excelente e prática. Fica no 13 da Via Nazionale, uma avenida lotada de comércios, principalmente lojas de roupas (bem legais por sinal, achei um ótimo lugar para comprar em marcas italianas de fato). É pertíssimo do Campidoglio, do Coliseu, do Forum Romano e de monumentos como Fontana di Trevi e Pantheon. De alguns voltei a pé, porém, optei mais por curtas corridas de táxi, pois o frio estava de lascar (era inverno!). Em dias de temperatura amena, provavelmente teria feito a maioria das coisas a pé.

E lógico: tem wi-fi gratuíto nos quartos e áreas comuns do hotel inteiro.

Saudades define.

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