Mulher sempre gosta de usar tudo certinho, justinho, né? Mas o que a moda nos reserva, em rumo ao próximo inverno, é o oposto. As peças oversized, com destaque para os casacos e sobretudos, serão presença certa! Mas calma, o ladylike também continuará! Mas que muita coisa vai ficar grande, beeem grande… aaaaaaah vai!

Qual é a vantagem? É conquistar um visual despojado, com toque de ousadia e despretensão. O legal é abusar do contraste entre peças bem sequinhas e outras gigantescas. Um tricozão com um shortinho, por exemplo, vira praticamente um vestido. E um vestido curtinho acaba sumindo por baixo de um casacão enorme, deixando as pernocas estrategicamente de fora!

Acho charmoso, até sensual… meio jogo de “esconde e mostra”… Mas prefiro coisas menos “monstrengonas”, mais relax (como um sweater caindo nos ombros, com as mangas bem longas)Vocês curtem?

Fiquei em encantada com o que vi no backstage do hairstylist Mario Silva, antes do desfile no Hair Fashion Show (que aconteceu no dia 30 de agosto, no WTC, em São Paulo). A proposta para o tema “Grace”, explorado pelo profissional, foi colocar uma mulher naturalmente bela e iluminada na passarelasolar, com pele bronzeada e madeixas cor de ouro. Peguei algumas dicas e truques usados pela equipe para que nós, meras mortais, possamos brilhar assim também!

Claro que as divas de Mário Silva eram loiríssimas, platinadas. Até sua filha, Sophie Charlotte, se transformou para a adequação ao clima. Mas as ruivas e morenas também podem usufruir dos mesmos artifícios e exibir um visual igualmente radiante.

Nenhum cabelo era liso, chapado. Volume e movimento eram as palavras de ordem, para esbanjar sensualidade, com inspiração na natureza. Alguns dos cachos foram feitos com babyliss, já outros com bobes largos, de todos os tamanhos. Alguns cabelos, nos penteados mais inovadores, foram frisados ou desfiados com vigor.

E a maquiagem, gente? Tinha que acompanhar o conceito, é claro! Nas pálpebras, foi aplicada como base a sombra Golden Touch, da Sisley. O efeito metálico foi acentuado à máxima potência com o pigmento-desejo Golden Lemon, da MAC (esse é daqueles que todo mundo tem que ter igual na nécessaire — eu quero!). Esse pigmento foi até utilizado para iluminar logo abaixo do osso da sobrancelha. E rolou cílios postiços (dos grandes), além do delineado preto na pálpebra superior (o que arremata o uso dos cílios)!

Como blush foi utilizado bronzer, bem carregado, contornando e marcando a região abaixo do osso da maçã do rosto. Nos lábios, criou-se uma espécie de batom dourado aplicando um pouquinho da sombra Golden Touch com os dedos, por cima de um gloss transparente (o que ainda não havia sido feito na foto acima). Eu usaria… e vocês?

Nas unhas, o esmalte Ouro Nobre, da Impala. Na pele, além de muuuuuito spray de bronzeamento instantâneo (tipo Flash Bronze, hehehe), ainda foram feitas algumas tatuagens de ourocom ouro MESMO! As folhinhas do precioso metal foram coladas no corpo das modelos. Depois de fixadas, o excesso foi removido, revelando e intensificando o formato do desenho. Ficou uma coisa tão deusa greco-romana, amei!

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Por mais que goste de dar minha opinião em todo post que faço (e de ouvir a de vocês), irei fazer um diferente do que estou acostumada, mais refletivo. Sabe, quando dá vontade de falar?

Vou abordar as neuroses que envolvem a moda e isso é bem fácil, né? Temos um exemplo bem próximo: os looks do dia. Vejo e leio coisas que me fazem parar para pensar, afinal: o que o público espera ver?

(É uma campanha de moda… mas poderia ser um grupo de blogueiras caminhando em NY…)

Realidade? Ou ficção? Querem ver suas blogueiras favoritas estrelando pseudo (ou verdadeiros, em alguns casos) editoriais de moda, totalmente assessorados, ou meninas se virando como podem, com o que têm, tentando mostrar da maneira mais legal que conseguem como elas se vestem nas diferentes ocasiões do dia-a-dia?

Porque na vida real unhas quebram, saltos machucam, meias calça rasgam e raízes de cabelo crescem. Na vida real, nem sempre temos o melhor sapato nos esperando no armário para usar com tal roupa e nem sempre estamos no melhor ângulo, no melhor dia. Acho muito fácil opinar de fora (e até criar blogs só para analisar, igual à mesa redonda de futebol, os looks alheios). Mas e a parte humana? Que aquela pessoa que está na foto (geralmente) não é uma modelo e nem tem um arsenal de peças à sua disposição… não é levada em conta?

Aprecio muito ver os looks das blogueiras por aí, até os grifados internacionalmente das cabeças aos pés, apesar de não serem tangíveis para 99,9% da população. Prefiro os mais “pé no chão”, que mesclam peças das mais caras as mais acessíveis, pois tem mais a ver com o “se virar” da vida… mas não posso tirar o mérito da beleza dos primeiros, já que é lá no topo onde são criados os conceitos que serão transmitidos verticalmente por toda cadeia da moda, até a exaustão. Mas quantas pessoas você conhece que, de fato, podem se vestir só de Chanel, Prada e Hermès?

O que me incomoda não é a presença das grifes — acho que qualquer uma usaria se pudesse — mas a produção forçada que acompanha as fotos em alguns desses casos (alguns, não todos — que fique bem claro… tem gente que usa marcas com preços astronômicos na maior normalidade — com um toque até amador — afinal, faz parte de seu contexto).

Não faz mal admirar visuais bilionários, mas faz mal menosprezar sua própria condição. A mulher que consegue fazer um belo look só usando produtos de fast fashions populares não devia se esconder ou evitar falar as origem das peças… devia é ter orgulho, pois para isso é necessário utilizar muito mais talento do que seria com uma loja de marca inteira a sua disposição.

Volto a pergunta inicial do post: “o que realmente esperam ver num post de look? Realidade ou Ficção?”

Pois ninguém em sã consciência coloca um salto agulha de 16 cm especialmente para ir ao mercado ou fazer um city walk. E nem vai de clutch na mão. Se você sabe que vai passar o dia inteiro fora, andando, irá colocar o sapato mais confortável que puder para a roupa escolhida (e, claro, pegar uma bolsa prática que caiba tudo). E se, entre as bolsas que você levou na viagem, nenhuma ficar tão excepcionalmente perfeita com o look escolhido (mas também não ficar ruim)? Você vai se descabelar? Ou pior… vai perder minutos e até horas do seu precioso passeio porque não está achando a bolsa mais do que ideal para aquela composição?

Claro que não né? (Espero!) Só que, se uma blogueira passar por essa mesma situação e mesmo assim postar esse look no blog, com altas doses de verdade, aposto que choveriam apontamentos repreensivos. A mesma coisa se a unha dela aparecer descascando na foto (como se a unha de ninguém descascasse no mundo). Parece que há uma obrigação da blogueira ser perfeita, impecável, praticamente como se tivesse saído de uma revista. Mas me diz então… para que ler blogs ao invés de revistas?

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Fico com dó da criatura que tem se produzir todo dia para sair de casa como se estivesse indo fotografar a capa da Vogue, impassível de erros. Que sempre tem que acertar a melhor bolsa para o melhor sapato e vice-versa, pensando minuciosamente em cada detalhe. E, muitas vezes, em detalhes ínfimos e super técnicos, como se a textura da saia visualmente não irá interferir na percepção da textura do tricô e se todas as cores estão balanceadas de acordo com seu biotipo e com hora do dia. E, ainda, se tudo está de acordo com as regrinhas capadoras impostas pela indústria da moda, que dizem respeito a altura, peso, estrutura, cor de pele, do cabelo e etc. Imagina se alguém que tem que estar 8h em ponto na cadeira do trabalho tem como se atentar a tudo isso?

Ouçam bem, não estou dizendo que não é legal prestar atenção nessas coisas — é sim, ajuda bastante — além do que, ninguém (nem eu) quer sair “mal na foto”. Quem não aprecia um cenário bonito, uma foto bem tirada? Porém, não é normal reagir como se uma fada morresse a cada dobra de manga fora do lugar, cinto subindo, amassadinho na saia ou bolsa saindo de posição ao andar. Essas coisas acontecem, com todo mundo! Não acontecem? Aliás, acontecem com todo mundo que não tem uma equipe completa verificando cada cm do seu corpo na hora de fazer o cliqueentão, por que repreender a blogueira que teve coragem de postar um look real, com os defeitinhos inevitáveis do cotidiano?

Acho que já falei bastante sobre o que eu penso, embora ainda não tenha entrado no mérito do gosto pessoal, né? Talvez, eu não goste de pink (mentira!), mas a blogueira X ame. Talvez, você não use um colar chamativo e colorido, mas a blogueira X use porque acha a coisa mais linda do mundo… Eu mesma alteraria quase 100% dos looks que vejo por aí... utilizaria com outro sapato, com outro penteado… Mas, para aquela blogueira, talvez estaria simplesmente “destruindo” o visual dela. Se ela usou daquele jeito é porque aprovou… né? E não é porque usaria de outro jeito que deixo de prestigiar as escolhas dela… A beleza está na diferença!

Acho que não há nada de errado em não gostar de alguma coisa (tem tanta coisa que não curto nesse mundo também), o que é errado é condenar as escolhas alheias. E também as possibilidades alheias, pois não é sempre que podemos ter em nossas mãos tudo que gostaríamos.

Felizmente, pelo que conheço e sinto, as leitoras do Gostei e Agora são bem pé no chão! Mesmo assim, me interessa muito tê-las nessa discussão também: O que vocês preferem? Uma blogueira-conceito, que representa o ideal da perfeição ou uma blogueira “gente como a gente”, com defeitinhos e outras imperfeições?

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