Apesar da minha fotógrafa oficial (hahaha — minha mãe) estar viajando, dei um jeito de postar um look mesmo assim... deu vontade de usar tudo em tom pastel, unindo o azulzinho e o coral, combinação que tanto adoro!

A saia plissada é da Luigi Bertolli… ela também tem, além das duas cores já citadas, amarelinho na composição floral (apesar das tonalidades serem tão suaves que nem apareceu na foto) formando um mix pastel. A regatinha e o casaco são da Hering (que está com um coleção repleta dessas cores fofas)!

A bolsa envelope é da Renner e apresenta duas texturas: verniz e couro sintético.

A sapatilha furtacor é da Santa Lolla. O efeito é incrível, se assemelha àqueles esmaltes duocromáticos (tipo o Iridium, da Big Universo, sabe?). Com a base prata, reflete em rosa, violeta e verde. É muito linda!

That’s it! Confesso que não vejo a hora que Dona Estela volte, para tirar fotos melhores, hehehe!

Vocês acham possível usar o mesmo vestido para ir a um casamento requintado à noite e, no dia seguinte, para um passeio despretensioso, à luz do dia?

Eu acho que sim!

Ninguém gosta de repetir roupa em casamentos e formaturas, isto é fato. Mas não é sempre que estamos dispostas a investir num modelo de gala, pois invariavelmente ele acaba virando um elefante branco no armário, que nunca iremos usar novamente. Mas não é por isso que vamos fazer feio e estragar todo dress code da anfitriã da festa, né?

Por isso que, para ir ao casamento da minha prima, comprei especialmente este vestido, da Maria Filó. Sabia que, mesmo não sendo de uma loja exclusiva de traje de festas, ele era suficientemente lindo e requintado para segurar tal ocasião — e que não corria nenhum risco de ficar enfurnado no meu armário. Trocando um acessório ali, um sapato aqui, seria perfeito para um passeio ou evento informal, em que eu quisesse estar mais arrumadinha!

Aproveitei e caprichei nos complementos para o casamento. Não resisti a este casquete da Accessorize, lindo de doer! Acho que deu um certo glamour, né?o bolerinho de paetês bronze da Colcci (que já tinha aqui em casa) não estava no roteiro, mas quem estava em São Paulo sabe o quanto esfriou no último final de semana (e não estava nem um pouco disposta a ficar congelando na festa, num canto encolhida). Além do mais, acho que ele caiu como uma luva com os tons e texturas do vestido.

Nos pés, usei minha Melissa Lady Dragon Ouro Rosé com coração metalizado. Ta aí outra peça que não foi feita especificamente para uma festa, mas veio bem a calhar! Tenho outros sapatos (ou poderia comprar) que ficariam tão bons o quanto com este vestido, mas fiz questão de usar minha Lady Dragon!

“Ah, mas é Melissa, é de plástico, pode?” — eu acho que sim, tanto é que usei, sem problema algum! Há quem seja conservadora, só por o calçado não ser de material convencional… mas, olhe bem para essa Melissa: se ela não pode ser sapato de festa, não sei que outro sapato seria… apesar deste detalhe nada básico, acho que ela tem todos os requisitos necessários para um evento do tipo! Para mim, ser de plástico é o charme! Aliás, se eu quisesse me manter na zona de segurança e ser mais clássica, teria usado aqueles vestidões longos iguais aos trocentos que vendem nas lojas de festa… né?

E já no clima bronze/cobre/rosé, também aproveitei minha clutch espelhada da Renner. Sinceramente, amei o look e estava bem econômica (apesar de não parecer) hehehe!

O vestido é midi, aquele mal afamado comprimento. Mas não tenho problemas com midi, sempre usei… talvez por que eu seja altinha, né?

Já na versão casual, quis fazer um contraponto entre o suave e o agressivo, visual que particularmente adoro. Coloquei uma jaqueta perfecto de couro ecológico em matelassê da C&A, a Melissa Devotion (que é bem pesadona) e uma clutch de paetês multicoloridos da Corello. Esses elementos contrastaram com a leveza do vestido no ponto certo… Acho que ficou legal, né?

O “oclão” redondo é da Chilli Beans.

E vocês, já tentaram ou costumam botar em uso no dia-a-dia alguma peça de festa (ou vice-versa)?

Por mais que goste de dar minha opinião em todo post que faço (e de ouvir a de vocês), irei fazer um diferente do que estou acostumada, mais refletivo. Sabe, quando dá vontade de falar?

Vou abordar as neuroses que envolvem a moda e isso é bem fácil, né? Temos um exemplo bem próximo: os looks do dia. Vejo e leio coisas que me fazem parar para pensar, afinal: o que o público espera ver?

(É uma campanha de moda… mas poderia ser um grupo de blogueiras caminhando em NY…)

Realidade? Ou ficção? Querem ver suas blogueiras favoritas estrelando pseudo (ou verdadeiros, em alguns casos) editoriais de moda, totalmente assessorados, ou meninas se virando como podem, com o que têm, tentando mostrar da maneira mais legal que conseguem como elas se vestem nas diferentes ocasiões do dia-a-dia?

Porque na vida real unhas quebram, saltos machucam, meias calça rasgam e raízes de cabelo crescem. Na vida real, nem sempre temos o melhor sapato nos esperando no armário para usar com tal roupa e nem sempre estamos no melhor ângulo, no melhor dia. Acho muito fácil opinar de fora (e até criar blogs só para analisar, igual à mesa redonda de futebol, os looks alheios). Mas e a parte humana? Que aquela pessoa que está na foto (geralmente) não é uma modelo e nem tem um arsenal de peças à sua disposição… não é levada em conta?

Aprecio muito ver os looks das blogueiras por aí, até os grifados internacionalmente das cabeças aos pés, apesar de não serem tangíveis para 99,9% da população. Prefiro os mais “pé no chão”, que mesclam peças das mais caras as mais acessíveis, pois tem mais a ver com o “se virar” da vida… mas não posso tirar o mérito da beleza dos primeiros, já que é lá no topo onde são criados os conceitos que serão transmitidos verticalmente por toda cadeia da moda, até a exaustão. Mas quantas pessoas você conhece que, de fato, podem se vestir só de Chanel, Prada e Hermès?

O que me incomoda não é a presença das grifes — acho que qualquer uma usaria se pudesse — mas a produção forçada que acompanha as fotos em alguns desses casos (alguns, não todos — que fique bem claro… tem gente que usa marcas com preços astronômicos na maior normalidade — com um toque até amador — afinal, faz parte de seu contexto).

Não faz mal admirar visuais bilionários, mas faz mal menosprezar sua própria condição. A mulher que consegue fazer um belo look só usando produtos de fast fashions populares não devia se esconder ou evitar falar as origem das peças… devia é ter orgulho, pois para isso é necessário utilizar muito mais talento do que seria com uma loja de marca inteira a sua disposição.

Volto a pergunta inicial do post: “o que realmente esperam ver num post de look? Realidade ou Ficção?”

Pois ninguém em sã consciência coloca um salto agulha de 16 cm especialmente para ir ao mercado ou fazer um city walk. E nem vai de clutch na mão. Se você sabe que vai passar o dia inteiro fora, andando, irá colocar o sapato mais confortável que puder para a roupa escolhida (e, claro, pegar uma bolsa prática que caiba tudo). E se, entre as bolsas que você levou na viagem, nenhuma ficar tão excepcionalmente perfeita com o look escolhido (mas também não ficar ruim)? Você vai se descabelar? Ou pior… vai perder minutos e até horas do seu precioso passeio porque não está achando a bolsa mais do que ideal para aquela composição?

Claro que não né? (Espero!) Só que, se uma blogueira passar por essa mesma situação e mesmo assim postar esse look no blog, com altas doses de verdade, aposto que choveriam apontamentos repreensivos. A mesma coisa se a unha dela aparecer descascando na foto (como se a unha de ninguém descascasse no mundo). Parece que há uma obrigação da blogueira ser perfeita, impecável, praticamente como se tivesse saído de uma revista. Mas me diz então… para que ler blogs ao invés de revistas?

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Fico com dó da criatura que tem se produzir todo dia para sair de casa como se estivesse indo fotografar a capa da Vogue, impassível de erros. Que sempre tem que acertar a melhor bolsa para o melhor sapato e vice-versa, pensando minuciosamente em cada detalhe. E, muitas vezes, em detalhes ínfimos e super técnicos, como se a textura da saia visualmente não irá interferir na percepção da textura do tricô e se todas as cores estão balanceadas de acordo com seu biotipo e com hora do dia. E, ainda, se tudo está de acordo com as regrinhas capadoras impostas pela indústria da moda, que dizem respeito a altura, peso, estrutura, cor de pele, do cabelo e etc. Imagina se alguém que tem que estar 8h em ponto na cadeira do trabalho tem como se atentar a tudo isso?

Ouçam bem, não estou dizendo que não é legal prestar atenção nessas coisas — é sim, ajuda bastante — além do que, ninguém (nem eu) quer sair “mal na foto”. Quem não aprecia um cenário bonito, uma foto bem tirada? Porém, não é normal reagir como se uma fada morresse a cada dobra de manga fora do lugar, cinto subindo, amassadinho na saia ou bolsa saindo de posição ao andar. Essas coisas acontecem, com todo mundo! Não acontecem? Aliás, acontecem com todo mundo que não tem uma equipe completa verificando cada cm do seu corpo na hora de fazer o cliqueentão, por que repreender a blogueira que teve coragem de postar um look real, com os defeitinhos inevitáveis do cotidiano?

Acho que já falei bastante sobre o que eu penso, embora ainda não tenha entrado no mérito do gosto pessoal, né? Talvez, eu não goste de pink (mentira!), mas a blogueira X ame. Talvez, você não use um colar chamativo e colorido, mas a blogueira X use porque acha a coisa mais linda do mundo… Eu mesma alteraria quase 100% dos looks que vejo por aí... utilizaria com outro sapato, com outro penteado… Mas, para aquela blogueira, talvez estaria simplesmente “destruindo” o visual dela. Se ela usou daquele jeito é porque aprovou… né? E não é porque usaria de outro jeito que deixo de prestigiar as escolhas dela… A beleza está na diferença!

Acho que não há nada de errado em não gostar de alguma coisa (tem tanta coisa que não curto nesse mundo também), o que é errado é condenar as escolhas alheias. E também as possibilidades alheias, pois não é sempre que podemos ter em nossas mãos tudo que gostaríamos.

Felizmente, pelo que conheço e sinto, as leitoras do Gostei e Agora são bem pé no chão! Mesmo assim, me interessa muito tê-las nessa discussão também: O que vocês preferem? Uma blogueira-conceito, que representa o ideal da perfeição ou uma blogueira “gente como a gente”, com defeitinhos e outras imperfeições?

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