“Mechas californianas já eram, agora o negócio são as ombré highlitghts” — com certeza vocês já ouviram esta frase… mas e se eu disser que as ombré highlights estão tão ultrapassadas quanto as californianas, vocês acreditam?

Quer dizer… ultrapassadas meeeesmo não estão, mas têm uma sucessora certa entre algumas musas hollywoodianas. E é uma velha conhecida: a balayage (ou balaiagem)!

O nome balayage tem origem francesa e deriva da palavra “varrer”, devido à técnica, que é feita assim: algumas mechas são selecionadas com pente ou pincel para a aplicação do descolorante, somente na parte superior da cabeça e nas têmporas. O produto age ao ar livre, sem toucas ou papel alumínio. O clareamento pode ser realizado em até 3 tons diferentes, próximos à cor base dos fios.

Imagens: Steve Cole Salon

As mechas geralmente são mais grossas do que as das luzes tradicionais e mais finas do que as do reflexo, com grau de clareamento leve. Apesar de ser um ótimo procedimento para quem procura um resultado mais natural, também é possível alcançar resultados impactantes alterando as variáveis do método, como quantidade e largura das mechas e intensidade de descoloração.

Ao contrário das ombré highlights ou das mechas californianas, na balayage a área da raiz (e do topo da cabeça) é afetada pelo processo. Para intensificar o clareamento nas pontas, costuma-se aplicar mais descolorante na região.

Abaixo, algumas celebridades que fazem (ou já fizeram) o uso da técnica:

Siiiiiiiim! O segredo do loiro iluminado por mechas mais claras de Gisele Bündchen é a balayage. Alessandra Ambrósio também está na mesma lista.

Acho o resultado muuuuuuito bonito! Mas prefiro algo menos discreto, como no caso de Flávia Alessandra. Creio que a cor natural do cabelo dela tenha sido clareada antes da balayage.

E vocês, o que acham? Escolheriam essa técnica para clarear suas madeixas?

Cabelos vermelhos (ou, simplesmente, ruivos) estão sob os holofotes. Uma quantidade enorme de famosas ultimamente aderiu à tonalidade. Sou totalmente apaixonada por cabelos vermelhos, tanto é que já pintei algumas vezes. Não é o caso agora, mas acho que vale a pena dividir um pouco dessa experiência, mesmo porque cabelo vermelho sempre gera muita curiosidade, seguida por um montão de dúvidas.

Existem diversas tonalidades de ruivo, mas elas não escapam desses fatores: mais claro ou mais escuro, mais natural ou mais “falso”, mais avermelhado ou mais acobreado. Vou subdividi-las dessa maneira:

Esse é o ruivo natural, aquele que existe de verdade na natureza. Sorte de quem nasceu com ele, pois por mais incrível que pareça, é a tonalidade mais difícil de se imitar. Não é vermelho, é acobreado (e muito sutil)! Se quiser tentar, fique com a gama dos cobres das tinturas (representadas pelo número 4 após o ponto — ex: 8.4), principalmente na altura dos loiros médios. Corra das tinturas vermelhas (com final 6 — ex: 7.6)!

É normal os ruivos naturais também possuirem dourado (.3) em sua formulação.

DICA: muitas meninas obtém ótimos resultados nesse caso com a 7.7 e a 6.7 da Igora Royal (não se engane pelo final 7 — a Igora não segue à risca o padrão de numeração que estamos acostumadas e o final 7 , no caso da marca, significa reflexos acobreados — similar ao 4)! Mas se quiser algo um pouco mais claro, sem fugir do natural (como a tonalidade do cabelo da Julia Petit), opte por tons de loiro claro (ou médio) acobreados (dependendo da cor natural do seu cabelo), como o loiro claro acobreado dourado (8.34).

Aí está uma tonalidade de vermelho longe de ser natural. O vermelho cereja é bem intenso e rosado. Lindo demais!

Não é difícil de se conseguir cabelos nessa cor. A maioria das marcas nacionais têm um exemplar com a palavra “cereja” no nome. Para ajudar, esses são os tons de vermelho especiais que ficam na altura do 6 (loiro escuro), como o 6646 (Cereja da Koleston) e o 666 (Vermelho Cereja da Imédia).

Neste caso, procure tintas com reflexos vermelhos (de final 6) e não acobreados (de final 4).

Para uma tonalidade viva e totalmente acesa (como as das lindonas acima), sempre use a linha de vermelhos especiais da tintura escolhida. Mas vou dar uma dica para as mais loucas: se quiser um cerejão que parece estar ligado no 22oV, tente usar o Alfaparf Contrasti na cor Rosso (ou Matrix SoRED Vermelho Violeta).

São produtos fortes para mechas. Ao mesmo tempo que tingem, descolorem. Já passei Contrasti no cabelo inteiro (muitas fazem isso, hehe) e deu super certo! A cor fica muuuuuito, mas muuuuuito mais intensa do que com uma tintura normal. Mas atenção: costuma desbotar horrores (e ressecar também!)

Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão! Totalmente “sobrenatural”, é para as mais corajosas!

Para chegar neste tom, talvez seja necessário descolorir o cabelo, no mínimo, até a altura 9 (loiro muito claro), para a aplicação de uma tinta fantasia em seguida.

Special Effects, Manic Panic, Jean’s Color, La Riche Directions, Raw, Punky Colour, Exotic Criativ e Candy Color são algumas das tintas fantasias mais conhecidas no mercado. Existem diversas tonalidades de vermelho em suas gamas de produtos.

O efeito é muito legal, mas demanda muita paciência para retocar o cabelo a toda hora, pois a tintura penetra de maneira superficial nos fios (não tem amônia para fixar). Eu já usei Jean’s Color pink na franja e retocava toda vez que lavava o cabelo. Sou exagerada, mas é quase isso!

DICA: Não é impossível conseguir um visual bem acesão sem usar tinta fantasia. Alfaparf Contrasti e a Matrix SoRED (na cor vermelho) podem ajudar a conseguir um tom bem aberto e cheguey, quase tanto quanto uma tinta fantasia! Mas para isso é bom caprichar na oxigenada (quanto maior a volumagem, mais aberto o tom ficará)!

Borgonha, amora, qualquer tonalidade de cabelo avermelhado mais escuro e discreto está aqui. Como a cor é bem mais fechada, a numeração da tintura geralmente começa a partir do 5, em ordem decrescente. O Amora da Koleston por exemplo é o 5546 e o Borgonha é o 4465. Quanto menor for o primeiro número, mais escura é a tinta. E neste caso, a volumagem da oxigenada provavelmente terá que ser menor também (20 volumes). Várias dessas tintas podem ter reflexos Acaju (final 5 — cor de “mogno”) em sua composição, sozinho ou em complemento ao 4 (cobre) ou 6 (vermelho).

Esse também é um tipo de ruivo natural, só que mais claro, também conhecido como Strawberry Blond. Para imitar, aposte nos acobreados (final 4) ou dourados acobreados (final 34) e esqueça os vermelhos (final 6), optando por tintas mais claras, na altura do 9 ou até do 10 (se quiser algo bem “loiro” mesmo!).

Infelizmente, as marcas de tintura à venda no mercado brasileiro estão carentes dessa tonalidade. É mais aconselhável procurar um colorista para alcançá-la (principalmente se o seu cabelo for naturalmente muito escuro)!

Sempre tive vontade de usar esta cor!

Um ruivo vermelho-acobreado, que foge da gama dos naturais sem chegar ao ponto de ser extremamente artificial. É o meio termo de tudo que vimos aqui. Para consegui-lo, procure usar tons de ruivo mais ou menos altura do 6 (sem precisar ser da linha dos vermelhos especiais), que misturem reflexos acobreados (final 4) com avermelhados (final 6), como 6.46 ou 6.46.

• Quanto mais claro for seu cabelo natural, mais parecido com o da “moça da caixinha” ficará. Portanto, se seu cabelo for muito escuro, pode ser que a cor não fique tão viva em você quanto parece ser na embalagem.
• Em cabelos previamente descoloridos a coloração tende a ficar super forte. Porém, desbota com muito mais facilidade do que ocorreria nos naturais.
• No começo, quanto mais você tinge (reaplicando em todo cabelo), mais vibrante fica o resultado. Mas não é recomendado repetir mais de uma vez por mês, para manter a integridade da fibra capilar.
• A tintura ruiva é a que mais desbota, pois as moléculas de sua composição são super pequenas e escapam com facilidade dos fios. Sem dúvida, manter a cor em ordem irá exigir cuidados adicionais e gastos extras. (Já reparou que todas as linhas de tratamento para cabelos tingidos têm embalagens vermelhas e modelos ruivas em seus anúncios e embalagens? — porque será? Hehe)
• Na hora de voltar para a cor natural, o trabalho é ainda maior. Nuances claras não cobrem o vermelho. Quanto mais escura for a tintura escolhida, melhor resultado de cobertura haverá. Porém, ao desbotar, reflexos avermelhados começarão a surgir em seus cabelos (para resolver isto, basta retocar). Caso queira ir do ruivo para o loiro ou um castanho bem clarinho, corra para o cabelereiro! O processo é complicado e agressivo aos fios, pois envolve decapagem (é necessário “arrancar” os pigmentos da tinta atual, para aí sim aplicar a cor desejada).
• É melhor pensar bem se é isso mesmo que você quer. Vermelho é a cor mais trabalhosa, tanto para acertar no tom quanto para remover depois.

• É muito importante usar shampoos, condicionadores e máscaras específicas para cabelos tingidos (que ajudem mesmo a segurar a cor). O shampoo não deve conter sal e os anti-resíduos devem ser deixados um pouco de lado.

• Hidrate muuuuuuuuuuito!
• Para tonalidades mais vivas e intensas, opte por marcas que tenham linhas especiais para cabelos vermelhos. (Ex: Alfaparf Evolution of the Color Pure Reds, Igora Royal Schwarzkopf Absolute Reds, Imédia Excellence Vermelhos Magníficos, Koleston Vermelhos Especiais).

• Se quiser intensificar mais ainda o vermelho da coloração escolhida, na hora da aplicação, adicione um mix vermelho (6) ou cobre (4) na mistura da tinta, na quantidade recomendada pelo fabricante (Ex: Mix Evolution of the Color Alfaparf, Wella Color Perfect Série Special Mix).
• Quando for a hora de voltar a cor natural, opte por tonalidades com reflexos mates (esverdeados) ou acinzentados (azulados). Eu já usei o castanho claro acinzentado e deu certo (apesar de ter ficado bem mais escuro do que meu cabelo de verdade, praticamente castanho escuro)!
• FUNDAMENTAL PARA MANTER A COR E O BRILHO: pelo menos 2 vezes por mês dê um “banho de brilho” nos cabelos, com produtos que repõem os pigmentos perdidos a cada lavagem. Adequados para o uso entre colorações, eles tratam e tonalizam as madeixas (Ex: Keraton Banho de Brilho, C Kamura Banho de Brilho Tonalizante Hidratante).

Claro que vale a pena conferir tudo com seu hair stylist de confiança antes de tentar qualquer coisa, mas o que posso dizer é que eu já passei por todas essas etapas. E para falar a verdade, vermelho é a cor de cabelo que eu mais gostei de ter!

Parece que a mania no exterior, principalmente nos EUA, são os apliques de pena! As penas já estão por todos lados mesmo, por que não nos cabelos? Vejam só como as meninas estão usando:

A idéia é usar as penas como se fossem mechas coloridas no cabelo, bem fininhas! Quem aplica são os cabelereiros licenciados pelos vários distribuidores de penas coloridas, como a Featherlocks. A aplicação é similar a de um “tererê” aqui no Brasil: as penas são presas próximas à raiz do cabelo e podem ficar lá por até 6 semanas. Você pode continuar lavando o cabelo (ufa!) e fazendo escova… normal! Elas só precisam ser reaplicadas por causa do crescimento natural dos cabelos, pois vão se distanciando da raiz!

No caso da Featherlocks, cada pena sai por 15 dólares. Mas em geral, o preço não varia muito além disso! Dependendo da quantidade desejada, com 45 dólares você já consegue um efeito notável!

Existem também as versões “faça em casa”, de apliques de penas com tic-tac, que propiciam a facilidade de serem colocados e retirados a qualquer hora. Mas o resultado é mais artificial, como o da garota da última foto à direita.

Agora o que eu quero saber é: vocês gostam?

Eu tendo a gostar de tudo que é diferente no cabelo, então acho que experimentaria umas peninhas coloridas! (Só tenho medo disso virar item de feira hippie por aqui, hehe!)

Mas enfim… pena (hehe) que não tem nenhum salão aonde colocá-las aqui por enquanto. Pelo menos, ainda não vi em lugar algum! Mas do jeito que as coisas são…

PS: eu li que a matéria prima das Featherlocks são penas de pequenos galos. Ai, já não podiam ter inventado algo artificial não?