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Que atire a primeira pedra quem nunca teve caspa. Não me recordo quando, mas também já tive, em alguma fase da vida. Só sei que não no momento! (brincadeira à parte, acho que nada sobreviveria a quantidade de tinta que usei no meu cabelo no último mês, hehehe! – vide post sobre a saga da transição para o ruivo!).

Vamos desmistificar a coisa: a caspa é o resultado da descamação exagerada o couro cabeludo. É normal que toda pele descame periodicamente (não só a da cabeça), para se livrar das células mortas. É um processo normal de renovação. O problema é quando, por alguma irritação e/ou por excesso de oleosidade, este processo se acelera, causando descamação em demasia. É aí que os floquinhos desagradáveis costumam ser notáveis! A caspa não é causada por fungos, mas o ambiente oleoso ou com descamação pode facilitar a proliferação de fungos e, por consequência, o agravamento da situação.

Às vezes uma mera mudancinha hormonal, na alimentação ou até o estresse pode deixar nosso couro cabeludo mais suscetível ao aparecimento do problema, por mais que nos cuidemos e evitemos. Por isso, a principal preocupação na verdade deve ser sempre deixar o couro cabeludo bem limpo e fresquinho, sem ressecá-lo (pois, quanto mais ressecamento houver, mais oleosidade o corpo produzirá de “rebote”).

E é exatamente isso que o novo shampoo da Seda, o Anticapaspa Oleo Control, promete!

Recebi um exemplar da própria Seda para resenhar. Na embalagem está escrito que é apropriado para cabelos mistos e oleosos (o meu!). Nas vezes em que lavei os cabelos com o shampoo, senti realmente meu cabelo sendo limpo mais profundamente. Não sei se isso é mesmo um verdadeiro índice de limpeza, mas ele fez bastante espuma. Mas o que eu gosto mesmo é a sensação de couro cabeludo refrescado, sabe? (Por isso que adoro amarelinho da linha Pro-Natural!) Raízes leves e limpinhas, sem oleosidade acumulada.

O Shampoo não é branco, é azul clarinho (o que é típico de produtos anticaspa, que na maioria das vezes contém zinco será que tem algo a ver?). O cheiro é bem cítrico, mesmo porque possui extrato de frutas cítricas na composição, o que ajuda a controlar a oleosidade e dá a sensação de refrescância! A consistência é bem cremosa para um shampoo. Ou seja, ele não é muito líquido, está quase chegando no nível cremoso, hidratante – (Bom, eu acho essa consistência ótima!)

Ah, lembro que uma vez quando era criança (e criança sempre é bem desencanadinha dessas coisas), minha mãe achou que eu estava com caspa e comprou um shampoo que havia no mercado na época para resolver o problema. Ele era azul também, mas tinha um cheiro horríiiiiiiiiiivel e deixava o cabelo duro, DURO! Tenho trauma até hoje! Ainda bem que nos dias atuais existem shampoos que cuidam do problema sem destruir o cabelo. Pelo contrário: ainda tratam do ponto de vista cosmético!

Enfim… voltando ao Seda Anticaspa Oleo Control, o cabelo ficou bem soltinho ao secar ao natural, após o uso do produto. Não ressecou e nem ficou áspero. Só não senti diferença nenhuma quanto ao couro cabelo coçar menos, pois já não estava coçando antes da utilização do shampoo. Mas ele vem com ingredientes para este fim.

Não passei o produto nas pontas, por julgar não haver necessidade e também para ajudar a preserva a cor do meu cabelo. Mas, para quem interessar, ele não tem sal!

Como tenho o couro cabeludo muito oleoso, irei intercalar este shampoo com meu outro habitual, para controlar melhor a oleosidade e evitar aquele efeito de “cabelos grudados na cabeça”, sabe? Aff!

Mas o principal é isso: em raízes bem cuidadas e limpas, geralmente a caspa não tem vez!

CONSULTE REGULARMENTE SEU DERMATOLOGISTA

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Aviso: Post longo!

Quem acompanha sempre o blog deve ter notado que mudei a cor do cabelo. Fui de um loiro claríssimo platinado para um ruivo acobreado (que beira o natural, mas pela vibrância não chega a tanto), como podem ver abaixo:

Mas tal mudança não é fácil tão fácil como parece. O ruivo é o tom que mais desbota (imagina então num cabelo descolorido “ao talo” como o meu?) e o loiro platinado, com reflexos acinzentados, tende a anular qualquer nuance acobreada (explicarei o porque neste post!). Seria praticamente impossível alcançar essa tonalidade da direita na primeira tentativa — mesmo porque, se alcançada, boa parte já iria para o ralo logo na primeira lavagem. Por isso, estou fazendo um processo para repigmentar meus cabelos, devolvendo a cor tanto à parte externa quanto à parte interna dos fios.

O processo ainda não chegou ao fim mas, como já alcancei um tom de ruivo aceitável as minhas expectativas, resolvi compartilhar a “Parte 1” desta saga (mesmo porque várias leitoras pediram)! Tudo começou com…

Passava há quase um ano a tintura superclareadora Majiblond 901S (Loiro Ultraclaro Acinzentado), que fazia logo de cara meu cabelo — naturalmente castanho bem clarinho – chegar à um tom de loiro platinado legal, sem precisar efetivamente de descoloração, somente usando Oxigenada (que chamarei de Ox. neste post) de 30 volumes.

Um belo dia acordei e levei um susto: WTF? — foi o que pensei ao me olhar no espelho (hahaha). “Vi um fantasma!” Fui desesperada à perfumaria mais perto de casa e comprei a primeira tinta ruiva (ruiva — não vermelha! – o que é bem difícil de se encontrar no mercado nacional) que vi na minha frente. Felizmente, considero que acertei de primeira! Apesar de não ter usado uma tintura profissional, como é da minha preferência, optei por uma tonalidade da Luminous que tem reflexos acobreados e dourados (fundamentais para um ruivo mais natural, sem nuances vermelho-rosadas ou acajú).

Levei a Luminous 7.43 (Loiro Médio Acobreado Dourado) e a 8.o (Loiro Claro Natural) porque morri de medo de ficar com um tom muito forte na base descolorida (então preferi amenizar os reflexos da 7.43). Misturei o tubinho inteiro da 7.43 com metade do tubinho da 8.0 (tudo com Ox. 20, visando fechar o tom dos cabelos).

Resumindo, a proporção da mistura ficou: 2/3 de 7.43 + 1/3 de 8.0, com ox. de 20. (Ah — e escolhi um tom na altura do 7 e não do 8 — mais claro — pois já sabia que meu cabelo iria desbotar muito)!

Deu certo, mas essa primeira coloração teve mais o efeito de “pré-pigmentação” do que outra coisa. (Para quem não sabe, pré-pigmentação é um processo que deve ser feito ao se escurecer cabelos muitos descoloridos, pois cria uma cor de base e prepara o cabelo para receber e fixar posteriormente a nuance desejada – sempre utilizando reflexos opostos ao usados anteriormente, para neutralizar a cor do fios). Os pigmentos azulados já presentes no loiro acinzentado do meu cabelo anularam boa parte do acobreado contido na tinta (pois são cores opostas — veja neste post: Entendendo as Tinturas para Cabelos: Numeração“) e o resultado foi um tom bem amarronzado (principalmente nas pontas, que estavam mais acinzentadas).

Ainda queria algo mais cobre, mas não tive coragem de aplicar outra tintura permanente logo em seguida. E é aí que entraram os tonalizantes:

Tonalizantes são produtos capazes de alterar superficialmente a cor do cabelo, sem atingir o interior da cutícula (pois não contém amônia nem utilizam oxigenada). O resumo: podem dar reflexos e teoricamente não estragam os fios, mas não têm tanto poder de fixação (saem a cada lavagem).

(O post ainda não acabou — clique em “Continue Lendo” para ver o restante!)

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Atire a primeira pedra quem nunca parou para ficar olhando as caixinhas de tintura na farmácia! São tantas cores e reflexos diferentes, com muitas denominações excêntricas e criativas…! Mas o nome dado pelas marcas a cada tinta é o que menos importa! Aqueles números que aparecem com destaque nas embalagens é que ditam a verdadeira composição das nuances! Mas você sabe o que cada um deles significa?

O sistema de tinturas capilares tem uma nomenclatura praticamente universal. O “nome fantasia” de cada cor pode mudar dependendo do fabricante ou país de origem, mas a numeração sempre mantem o mesmo padrão (com exceção de algumas marcas estrangeiras).

A numeração de cada tinta é composta por uma combinação de: número de Altura da Tom + número do Reflexo Principal + número do Reflexo Secundário.

Vamos primeiro à altura do tom:

A Altura do Tom é o que vai ditar se o cabelo ficará mais claro ou escuro, independente do reflexo (se é dourado, cobre, acinzentado, natural e etc). Quanto maior o número antes de um ponto, mais clara é a tinta! Algumas marcas vão até o 12, com produtos que possuem componentes super clareadores!

As nuances puras, sem reflexos de cor, têm o final ausente ou nulo (0) – e são chamadas de “naturais”.

Obs: Não se engane pelo nome das cores. As tintas sempre costumam ficar um tom mais escuro do que o nome indica. Um Loiro Escuro, na prática, muitas vezes se assemelha a um Castanho Claro na linguagem popular. Já vi muita gente assustada porque passou uma tinta Castanho Médio e ficou com o cabelo “pretíssimo”!

Agora vamos entender as Cores Compostas (criadas pela mistura de coloridos distintos):

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Obs: Antigamente o reflexo verde (mate) era representado pelo número 7. Agora, o 7 representa o reflexo marrom (chocolate) e o mate passou a ser 9 em algumas marcas (e 2 em outras, invertido com o reflexo violeta/irisado).

As tonalidades naturais, quando combinadas com reflexos coloridos, geram a ampla gama de cores existentes no mercado. Neste caso, a Altura do Tom vira a “Cor de Base”. Obviamente, em tonalidades mais claras os reflexos fazem bem mais diferença do que nas escuras!

A Cor de Base sempre vem à frente na numeração, geralmente seguida por um ponto (ou uma vírgula ou outro sinal diferenciador). Após o ponto, vem o número do Reflexo Principal. A seguir, o do Reflexo Secundário.

Vejam os exemplos abaixo:

Cor de Base: 7. (Loiro Médio)

Reflexo Principal: 3 (Dourado)

Reflexo Secundário: 4 (Cobre)

Reparem que apesar da cor ter “Loiro Médio” no nome, não tem “nada” de loiro! Essa mesma tonalidade é encontrada pelo mundo inteiro com o nome fantasia “ruivo”, “tramonto veneziano”, “marrom canela”, “marrom dourado” e etc. Por isso que eu digo: não dá para confiar em tintura só pelo nome! Tem que conferir e escolher pela numeração!

Cor de Base: 10. (Loiro Claríssimo)

Reflexo Principal: 2 (Irisado)

Reflexo Secundário: Inexistente

Nem toda tinta tem reflexos secundários (como o loiro irisado acima, ideal para alcançar um resultado mais platinado, pois o reflexo violeta tem o poder de neutralizar o amarelado do cabelo). Por outro lado, algumas tem mais de dois reflexos na composição!

Cor de Base: 4. (Castanho Médio)

Reflexo Principal: 2 (Irisado)

Reflexo Secundário: 2 (Irisado)

Quando o reflexo principal e o secundário se repetem, a finalidade é reforçar o reflexo principal (ou seja: ele é super aparente!).

Para nós, pode aparecer incomum, mas este tipo de tom que puxa para o violeta é bem corriqueiro na gama das tinturas europeias.

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